Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
PERNAMBUCO, Brasil, 16 de abril de 2010 (Notícias Pró-Família) — O arcebispo católico da diocese de Olinda e Recife divulgou um “esclarecimento” com relação aos comentários ambíguos que ele fez com relação a um aborto direto realizado numa menina que vive em sua diocese.
Os comentários, feitos em 10 de abril pelo arcebispo Fernando Saburido para duas publicações diferentes, pareciam oferecer justificação para o aborto em bases médicas, apesar de que a Igreja condena todos os abortos diretos, e indicou simplesmente que quem devia fazer a decisão eram os pais e os médicos, e não a Igreja.
Os comentários ficaram famosos na imprensa brasileira e contrastaram com as declarações e ações claramente pró-vida do arcebispo anterior, José Cardoso Sobrinho. Eles provocaram respostas de condenação na blogosfera brasileira, e pedidos de esclarecimento de Human Life International (Vida Humana Internacional).
Numa “notificação” postada no site da arquidiocese, porém, Saburido acusa o jornalista numa das entrevistas de ser “tendencioso”, e declara que o aborto realizado na menina de dez anos alegadamente estuprada por seu padrasto era “anticristão”.
“Comungo, em todos os sentidos, com a orientação da nossa Santa Igreja que defende a vida e não admite, em hipótese alguma, que ela seja eliminada porque é um dom de Deus e somente a Ele cabe tirá-la”, disse o arcebispo.
“No caso específico da menina de 10 anos, grávida de quatro meses, vítima de estupro do seu padrasto e submetida a aborto, discordo da solução tomada. Considerei anticristã por ceifar uma vida que poderia perfeitamente ser salva. Não faltaria família que se dispusesse a adotar o bebê, oferecendo-lhe afeto e dignidade”.
Ele também indica sua oposição à lei brasileira, que não penaliza abortos em certos casos. “Em nosso país, não é penalizado o aborto em casos específicos”, escreve ele. “Com a Igreja, entendo que esta norma contraria os princípios básicos da ética cristã e não pode ser aceita por tratar-se de uma lei que mata”.
“Acredito que todos que me conhecem e sabem da minha história, jamais terão dúvidas do meu amor à Igreja e fidelidade ao seu Magistério”, disse ele.
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Texto completo do esclarecimento do arcebispo Fernando Saburido
Fonte: Notícias Pró-Família
Eu não confio muito nesse D. Fernando Saburido.Já participei numa reunião no tempo que o DCE era presidido pelo Tancredo( membro do PCdoB) e o D. Fernando esteve lá presente . Notei que os discursos que D. Fernando fez iam ao encontro das propostas comunistas de revolução social e de luta pela construção de um mundo mais justo. Ninguém aqui é bobo para não saber o que esse “mundo mais justo” significa, não é?
Ele deve ser adepto da Teologia da Libertação.
Uma pena.